terça-feira, 23 de outubro de 2007

Como se pode posicionar o nutricionista que comunica sobre ciência?

Um nutricionista, que normalmente comunica sobre a ciência produzida por outros, deve simplificar e descodificar essa informação, assim como avaliar a sua qualidade e veracidade. Assim, a pessoa que comunica ciência deve funcionar como um “coador”, ou seja, filtrar a informação que interessa ao público-alvo e transmiti-la de um modo perceptível.
Para além disso, o comunicador deve ter cuidado com as posições que toma em relação a determinados temas, visto que pode ter grande influência no público. Para ilustrar esta situação, apresentamos um debate em que um jornalista científico toma uma posição controversa:

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Dia Mundial da Alimentação

A FAO (The Food and Agriculture Organization of the United Nations) celebra o Dia Mundial da Alimentação, todos os anos, no dia 16 de Outubro, dia em que a organização foi fundada no ano de 1945. O tema deste ano foi “O Direito à Alimentação”. Este é um direito de todos os seres humanos, independentemente do local do planeta onde vivem. Por isso, apresentamos alguns números para pensar:

- 854 Milhões de crianças, homens e mulheres ainda vão para a cama de estômago vazio;

- 14% da população mundial sofre de fome ou insegurança alimentar;

- Todos os dias morrem de fome ou de problemas a esta associados, cerca de 16 mil crianças com menos de cinco anos. No entanto, a agricultura está a produzir 17por cento mais de calorias por pessoa, por comparação ao que produzia há três décadas e mesmo tendo em conta que a população mundial aumentou 70 por cento nesse período.




sábado, 6 de outubro de 2007

O nosso consumo pode ser, hoje em dia, melhor analisado à luz da corrente funcionalista ou estruturalista?

Porque comemos o que comemos?

Quantas vezes nos deparamos com pensamentos do género: “Como isto? Faz tão mal, mas sabe tão bem, ainda por cima estão todos a comer…” ou então “Vou comer isto. Sabe mal mas eu sei que me vai fazer bem!”. Será o nosso consumo mais influenciado por questões de saúde e bem-estar (corrente funcionalista) ou por questões sociais, culturais e de gosto (corrente estruturalista)?

Com certeza que, quando bebemos Coca-cola, não o fazemos por razões de saúde mas sim por uma questão social e de gosto. Assim, a corrente estruturalista domina no que diz respeito ao consumo desta bebida.


E o famoso óleo de fígado de bacalhau? Antigamente era dado regularmente às crianças (e não só) pois “fazia bem”, no entanto, tinha um sabor horrível. Era, sem dúvida, tomado por razões de saúde. A ingestão deste alimento ilustra bem a filosofia da corrente funcionalista.

Mas, provavelmente, hoje em dia, as nossas escolhas alimentares têm por base estas duas correntes que se influenciam reciprocamente. Estamos então perante uma interacção dinâmica entre a cultura e a natureza biológica.
Damos como exemplo esta famosa publicidade ao leite, que conjuga elementos de ambas as correntes. Por um lado, diz que o leite nos faz sentir “super” e que o cálcio ajuda a ter ossos fortes, mesmo se não formos de Krypton. Claramente, uma alusão ao bem que o leite faz à saúde. Mas, por outro lado, associa o leite a um desenho animado, um ser social.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Porque se institucionalizou a informação sobre os alimentos? Porque se tornou esta mais complexa? Porque originou códigos escritos?

A informação sobre os alimentos teve necessidade de se institucionalizar para que um maior número de pessoas tenha acesso a essa informação e de uma forma mais rápida. No passado, a informação sobre os alimentos era transmitida de boca-em-boca, o que levava a perdas de informação, muitas vezes passagem de informação incorrecta e apenas chegava a um reduzido número de pessoas. Assim, a institucionalização da informação sobre os alimentos fez com que deixasse de haver estes pontos negativos na transmissão de conhecimentos.

Por outro lado tornou-se mais complexa, porque cada vez se estuda mais aprofundadamente os alimentos, descobrindo-se cada vez mais pormenores e por isso a informação torna-se mais complexa.

É necessário que essa complexidade de informação se traduza em códigos escritos, para se tornar mais exacta e não suscitar qualquer tipo de dúvida, ao mesmo tempo que a sua compreensão se torna mais clara.