Porque comemos o que comemos?Quantas vezes nos deparamos com pensamentos do género: “Como isto? Faz tão mal, mas sabe tão bem, ainda por cima estão todos a comer…” ou então “Vou comer isto. Sabe mal mas eu sei que me vai fazer bem!”. Será o nosso consumo mais influenciado por questões de saúde e bem-estar (corrente funcionalista) ou por questões sociais, culturais e de gosto (corrente estruturalista)?
Com certeza que, quando bebemos Coca-cola, não o fazemos por razões de saúde mas sim por uma questão social e de gosto. Assim, a corrente estruturalista domina no que diz respeito ao consumo desta bebida.
E o famoso óleo de fígado de bacalhau? Antigamente era dado regularmente às crianças (e não só) pois “fazia bem”, no entanto, tinha um sabor horrível. Era, sem dúvida, tomado por razões de saúde. A ingestão deste alimento ilustra bem a filosofia da corrente funcionalista.
Mas, provavelmente, hoje em dia, as nossas escolhas alimentares têm por base estas duas correntes que se influenciam reciprocamente. Estamos então perante uma interacção dinâmica entre a cultura e a natureza biológica.Damos como exemplo esta famosa publicidade ao leite, que conjuga elementos de ambas as correntes. Por um lado, diz que o leite nos faz sentir “super” e que o cálcio ajuda a ter ossos fortes, mesmo se não formos de Krypton. Claramente, uma alusão ao bem que o leite faz à saúde. Mas, por outro lado, associa o leite a um desenho animado, um ser social.
3 comentários:
Antes de passar ao comentario propriamente dito, quero desde já enaltecer a ideia por este Blog. Há pano para mangas nesta grande temática que é a Nutrição.
Pegando no exemplo da Coca-Cola, é cada vez maior a influência psicológica que a publicidade exerce sobre cada um de nós. Uma clássica experiência demonstrou que >50% dos participantes preferiram a Pepsi em detrimento da Coca-Cola, quando estas bebidas não estavam identificadas. Quando a identidade era revelada, a preferência original pela Pepsi era trocada pela Coca-Cola (em 3/4 dos casos). O cortex pré-frontal era activado com a ideia da Coca-Cola, montando esquemas mentais de recordações positivas (anuncios) que substituiam os sinais quimicos do sabor.
Aliás, já Platão afirmava que o comportamento humano era semelhante a um carro puxado por dois cavalos: razão e emoção. Na minha opinião, a "razão" é, nos tempos modernos, um jovem pónei e a "emoção" um possante corcel, tal a capacidade do marketing (e dessa grande nova ciência que é a Neuroeconomia) de nos manipular subconscientemente.
Desejando a continuação de um excelente trabalho com o blog (espero eu que com muitos "posts"),
João Pinto
Parabéns pelo blog ! Penso que reúne as condições para se tornar num espaço de “saborosas tertúlias” entre pessoas “com papas na língua”.
No seguimento do texto publicado, dou outro exemplo, que me chama a atenção sempre que me dirijo a uma praça de alimentação, de qualquer centro comercial:
Porque é que o McDonald´s tem sempre filas de clientes, a qualquer hora do dia, mesmo quando há um Burguer King (vazio) no mesmo centro comercial ?!
O poder do marketing é assustador !
Quanto à “evolução” da alimentação, constata-se que embora hoje haja muito mais informação, muito mais variedade de escolha, muito mais poder de compra, afirmam as pessoas entendidas neste assunto dos comes e bebes, que a alimentação tradicional, do tempo dos nossos avós era mais saudável, do que a que se pratica actualmente !
Continuem o bom trabalho!Eu voltarei sempre que haja oportunidade.
Beijos,
MJ
Bem.... eu vinha faxer um comentario mas ate m sinto diminuido pelos comentarios anteriores... lol
n consigo faxer algo tao elabroado, por ixo vou apenas dixer k axo k tda a ideia deste blog esta xcelente, e k podem sair daki coisas mt bonitas!
kuanto a este post, axo k esta mt bem construido gostei bastante d o ler, subscrevendo td o k la foi dito! fala de um assunto actual e esta desenvolvido de uma maneira xtremamente interexante! parabens por ixo as duas autoras! ;)
bj**
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