quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Porquê comer várias vezes ao dia?

Foi no séc. XVI, que os exploradores de plantações no Brasil descobriram a vantagem de comer várias vezes ao dia.
Como era hábito, davam aos escravos uma farta refeição ao nascer do sol e outra semelhante ao fim do dia, até que passaram a distribuir refeições de 3 em 3 horas. Com esta mudança conseguiram:

- baixar 20% os gastos com comida;

- aumentaram o rendimento laboral;

- os escravos passaram a viver, em média, mais 20 anos após chegarem de África, enquanto na primeira fase viviam apenas 3 anos e meio.

Por isso, pense duas vezes sempre que estiver há muitas horas sem comer...

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Linha telefónica do SNS para apoio de pessoas com excesso de peso

A partir de Janeiro vai existir uma linha telefónica de apoio para pessoas com excesso de peso, podendo receber aconselhamento e também para serem encaminhados para os serviços competentes para combater o problema, anunciou a Direcção Geral de Saúde (DGS).


Assim, no dia 2 de Janeiro, o Centro de Atendimento Telefónico do Serviço Nacional de Saúde vai ter mais um serviço: o de aconselhar e encaminhar para os serviços competentes pessoas com excesso de peso. Esta é apenas uma das medidas adoptadas pela Plataforma Contra a Obesidade, da DGS, para combater o problema da obesidade, que tem vindo a aumentar em Portugal.

A Plataforma Contra a Obesidade tem ainda novas medidas para desenvolver, tais como a revisão das Recomendações Alimentares e Nutricionais para a população, que servem como normas orientadoras, acções de formação de profissionais de saúde em alimentação saudável, nutrição e actividade física.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Um estudo divulgado por uma equipa da fundação King's Fund, que se baseia na luta da OMS contra as doenças crónicas, concluiu que uma redução de 15% do sal, através de pequenas alterações da alimentação diária, chegaria para evitar 8,5 milhões de mortes por doenças cardiovasculares, respiratórias, cancerígenas ou diabetes, nos 23 países analisados.
Para conseguirmos esta redução não basta o esforço individual, mas é também preciso o apoio da indústria alimentar e ainda uma campanha mediática. Vamos lutar por isso!

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Publicidade dos anos 80'

Achamos que esta publicidade é um óptimo exemplo da corrente estruturalista, com o objectivo de fazer gostar. Podemos também verificar que entre a publicidade actual e a dos anos 80', neste caso, não sofreu grandes alterações. Esta seria uma publicidade passível de ser transmitida hoje em dia.


segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Portugueses atentos aos rótulos dos produtos alimentares

O estudo “O comportamento do consumidor face à segurança e qualidade alimentares: percepção do risco e rotulagem,” coordenado por Luís Miguel Cunha, professor da Secção Autónoma de Eng. das Ciências Agrárias da Faculdade de Ciências da U.Porto, que se prolongou por três anos e meio, foi realizado nas zonas da Grande Lisboa e do Grande Porto, em Novembro de 2005. De acordo com este estudo, "o risco alimentar" não se encontra "na primeira linha das preocupações dos portugueses", situando-se numa segunda ordem de preocupação, atrás de outras questões consideradas mais importantes e "o prazo de validade, o preço e as instruções de conservação e utilização são as informações mais procuradas em primeiro lugar na leitura dos rótulos dos produtos alimentares".
Um dos aspectos que mais preocupa os portugueses nos alimentos que consomem é o teor de gordura e sal dos produtos alimentares. Luís M. Cunha refere que o “estudo indica que os portugueses têm uma percepção clara de que devem evitar os alimentos com alto teor de gordura e sal, mas nem sempre os conseguem evitar, ou porque comem muitas vezes fora de casa ou porque não conseguem resistir à tentação, já que, muitas vezes, os alimentos mais saborosos são aqueles que têm mais gorduras e sal".
Um dos motivos que leva os consumidores a abdicarem da leitura dos rótulos é o conhecimento prévio do mesmo, seguindo-se a falta de tempo, a dificuldade da leitura pelo facto de a letra ser pequena e ainda a falta de interesse. Ao escolherem os produtos alimentares que vão comprar, os portugueses procuram, sobretudo, assegurar-se de que levam os mais frescos e aqueles que mais vão beneficiar a saúde própria e dos seus familiares.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Resultado da sondagem

Terminou a nossa sondagem: "Quando vê/ouve informação sobre nutrição a que dá mais importância?". É com agrado que transmitimos a informação de que a hipótese que conseguiu mais votos foi a credibilidade da fonte (63%), seguida da utilidade da informação (33%). A actualidade da informação ficou com 9% dos votos e a quantidade de informação e quem comunica ficaram empatadas em último com 3%.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

O que os candidatos à Presidência dos EUA comem...

O "The New York Times" publicou recentemente um artigo sobre o que os candidatos à presidência dos EUA comem...

Têm uma imagem a defender, tendo que parecer elegantes e atractivos mas, mesmo assim, espera-se que, quando vão a vários locais fazer campanha, eles comam especialidades locais com entusiasmo.
Por isso, não é de admirar que este ano tenham os mesmos problemas com a comida que as restantes pessoas, mas agravado pelas demandas brutais da campanha.

Dos candidatos democráticos, temos o Senador Barack Obama, que se refere a si mesmo nos seus discursos como magro e que mal toca em alimentos gordos - excepto em eventos como a feira do estado de Iowa, onde comeu várias comidas locais (e gordas) para as câmaras. Numa campanha, a Senadora Hillary Rodham Clinton disse que rezou a Deus para a ajudar a perder o peso.

Do lado republicano, temos Mike Huckabee, que se diz um "recuperado do vício da comida" e que perdeu vários quilos há alguns anos. Rudolph W. Giuliani e Fred D. Thompson estão em dietas impostas pelas suas esposas. Mitt Romney é tão atento sobre nutrição que come a mesma coisa todos os dias: "granola" da sua esposa para o pequeno almoço, um sandes de galinha ou de perú para o almoço, e massa, peixe ou galinha para o jantar.

Walter Scheib, antigo chefe da Casa Branca, afirma que é dificil para os candidatos manter uma dieta, já que: "há algumas coisas mais pessoais que comer, e se você rejeita a comida de alguém, é como se rejeitasse essa pessoa".




Para ler o resto da notícia.

Restaurante-Laboratório

Bem-vindos ao Restaurante do Futuro, uma cantina da Universidade de Wageningen, na Holanda, onde estudantes e cientistas se reúnem para almoçar.
Mas esta não é uma cantina normal! Desde que as pessoas se servem até saírem, todos os seus passos estão a ser vigiados e monitorizados.
Enquanto esperam para pagar podem activar balanças invisíveis no chão e quando se sentam para comer a cadeira pode começar a medir o ritmo do coração.
Na verdade, esta cantina, com um ambiente agradável, é um centro de pesquisa que pretende responder a uma pergunta a qual todos nós queremos saber a resposta: o que faz as pessoas comerem e beberem da maneira que o fazem?



Durante os próximos 10 anos, uma equipa de mais de 20 cientistas irão monitorizar as pessoas que vão almoçar a esta cantina todos os dias. Perto de 250 estudantes e membros do pessoal já assinaram para participar neste projecto, que começou em Novembro.

Para analisar o comportamento do adulto humano no almoço, o restaurante-laboratório tem câmaras escondidas e vários truques. Os investigadores examinarão influências ambientais no comportamento alimentar, fazendo pequenas alterações na cor das luzes, nos sons que acompanham as refeições, nas essências ou na mobília.

Para ler o resto da notícia: "The New York Times"


quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O pão em Portugal

Segundo um estudo da universidade Fernando Pessoa, a maior parte do pão vendido em Portugal tem cerca de 10g de sal por quilo, muito acima da média de muitos dos pães consumidos na União Europeia, afirma o presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão, Luís Martins, um dos autores do estudo. Luís Martins diz que os resultados do estudo que testou 40 tipos de pão - nomeadamente o de trigo, de centeio e integral - são "assustadores". Os pães portugueses foram comparados com dados recolhidos em dez países europeus e em alguns casos têm mais do dobro do sal. O médico nota que basta que cada pessoa coma duas carcaças para poder atingir a dose diária de sal recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 5,5g por dia. Um estudo dos mesmos autores do ano passado comprovou que consumo médio de sal dos portugueses é dos mais elevados da Europa, com 12g por dia.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Imigrantes obesos proibidos na Nova Zelândia

Uma cidadã britânica, Rowan Trezise, de 33 anos está proibida de entrar na Nova Zelândia, porque as leis de migração proíbem que uma pessoa tão gorda quanto ela entre no país.

Rowan e seu marido Richie Trezise, 35 anos, estão há dias a viver separados enquanto ela tenta desesperadamente emagrecer. Richie teve de se mudar para a Nova Zelândia por motivos profissionais e, para isso, teve de se submeter a uma dieta rigorosa para perder os 5cm de cintura que tinha a mais. Segundo Richie, se ela não conseguir emagrecer, o casal terá que desistir da ideia de morar na Nova Zelândia.

O serviço de imigração neozelandês exige que todos os imigrantes façam um exame completo que inclui a análise do índice de massa corporal e medição da cintura. Segundo um porta-voz do governo, a exigência relativa aos obesos é necessária porque "imigrantes acima do peso custam caro ao sistema de saúde do país".
Esta notícia dá que pensar... Não será preconceito? E se é por razões financeiras, então porque não proibem outros tipos de doença? Gostava de saber o que acham sobre isto!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Comunicação… Bons e Maus exemplos!

Quando pretendemos fazer uma comunicação temos de ter em atenção vários aspectos, entre os quais:

- o público alvo - os seus interesses, o que eles já sabem, o que querem saber, etc.;
- o assunto principal - qual o assunto que queremos focar, saber suficiente sobre esse assunto…;
- o objectivo - temos de saber se apenas queremos que a audiência fique informada ou se queremos mudar as suas atitudes e/ou acções desta;
- o modo como vamos abordar o assunto - tendo em conta, por exemplo a idade da audiência temos de adaptar o nosso discurso;
- o suporte em que vamos apresentar a nossa comunicação - artigo de revista, televisão, rádio, etc.;

Uma comunicação que siga estes 5 pontos e que tenha um discurso adaptado, terá muito provavelmente sucesso.

Se não seguimos estes passos e se não temos um discurso coerente corremos o risco de nos acontecer como na imagem abaixo: tentámos transmitir uma ideia que a audiência não consegue captar!
Como bom exemplo de comunicador queremos salientar o Dr. Emílio Peres. Apesar da sua enorme sabedoria e estudos, falava sempre com um discurso acessível a todos, era um comunicador inato. Apresentamos aqui um parágrafo do seu livro “Bem Comidos e Bem Bebidos”, para demonstrar a sua simplicidade de discurso:

“Triste e perverso mundo ocidentalizado que troca a Tia Maria e a boa comida que ela prepara com saber e amor por um qualquer pronto a comer que faz dos humanos pasto para doenças que gastam o nosso rico dinheirinho em centros de oncologia e em super-hospitais para tratar doenças que poderíamos desconhecer.”

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Dia Mundial da Diabetes

Apesar de existirem cerca de 145 milhões de diabéticos e se ouvir constantemente os meios de comunicação social a falar de diabetes, a maioria das pessoas não sabe concretamente o que é a diabetes. Para assinalar este dia, nos gostávamos de informar os leitores do nosso blog acerca desta doença, cada vez mais incidente.

O primeiro ponto que gostávamos de salientar é que existem vários tipos de diabetes: tipo 1, tipo 2, gestacional (associada à gravidez), entre outros. Sendo que o tipo que é frequentemente referido pela comunicação social é a diabetes tipo 2.

Qualquer tipo de diabetes resulta da disfunção de uma hormona, a insulina. Esta hormona é responsável pela entrada de glicose nas células, de modo a que seja gasta como combustível. Se a insulina não funciona, a glicose não entra nas células, acumulando-se no sangue (hiperglicemia), sendo depois excretada na urina.

As principais diferenças entre a diabetes tipo 1 e tipo 2 estão descritas na tabela abaixo:


Esperamos que esta breve explicação tenha sido clara.

Para diagnóstico da diabetes esteja atento aos seguintes sintomas:
- Urina em excesso;
- Sede excessiva;
- Apetite aumentado;
- Perda de peso.

Se quiser mais informações pode consultar o site da Sociedade Portuguesa de Diabetologia.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Refeições fora de casa

Segundo um estudo efectuado nos EUA com mais de 12 mil pessoas, comer fora de casa cinco vezes por semana, geralmente em restaurantes de fast-food, conduz inevitavelmente ao aumento de peso.


Por cada refeição semanal fora de casa, adquire-se um ganho de meio quilo. Assim, o índice de massa corporal é bastante superior entre os que fazem as suas refeições em restaurantes de fast food, entre três e seis vezes por semana, em relação aos que confeccionam a própria comida ou comem fora apenas duas a três vezes por semana, segundo estudo da Universidade de Temple (Pensilvânia) realizado entre 2004 e 2006.

Apesar das más práticas alimentares, 41% das pessoas ouvidas gostariam que as informações sobre o valor nutritivo dos alimentos estivessem escritas nos menus. Segundo o estudo, os americanos escolheriam a alimentação saudável, se fosse “mais gostosa", "menos cara" e "mais facilmente disponível".

Como não vamos conseguir mudar os hábitos da população, o mais acertado seria modificarmos a oferta, ou seja, proporcionar refeições mais saudáveis a quem come fora de casa.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Objectivos da Comunicação

Quando comunicamos, é óbvio que pretendemos transmitir uma mensagem, uma informação. Para que esta seja captada de uma forma correcta, a comunicação tem que ser clara e precisa, ser quantificada para depois verificar se o que foi transmitido foi percepcionado, conter o prazo em que deve ser atingida e, acima de tudo, ser passível de ser atingida.

A publicidade é uma forma de comunicação muito eficaz e utiliza três categorias de objectivos para fazer com que isso seja possível:
  • Dar a conhecer: lançamento de novos produtos, as suas novas características, existência de um novo nutrimento...


  • Fazer gostar: de um novo produto, dos seus constituintes... Pretende mudar atitudes e opiniões.


  • Fazer agir: alterar o comportamento, pedir informações, levar o consumidor a provar...

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Como se pode posicionar o nutricionista que comunica sobre ciência?

Um nutricionista, que normalmente comunica sobre a ciência produzida por outros, deve simplificar e descodificar essa informação, assim como avaliar a sua qualidade e veracidade. Assim, a pessoa que comunica ciência deve funcionar como um “coador”, ou seja, filtrar a informação que interessa ao público-alvo e transmiti-la de um modo perceptível.
Para além disso, o comunicador deve ter cuidado com as posições que toma em relação a determinados temas, visto que pode ter grande influência no público. Para ilustrar esta situação, apresentamos um debate em que um jornalista científico toma uma posição controversa:

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Dia Mundial da Alimentação

A FAO (The Food and Agriculture Organization of the United Nations) celebra o Dia Mundial da Alimentação, todos os anos, no dia 16 de Outubro, dia em que a organização foi fundada no ano de 1945. O tema deste ano foi “O Direito à Alimentação”. Este é um direito de todos os seres humanos, independentemente do local do planeta onde vivem. Por isso, apresentamos alguns números para pensar:

- 854 Milhões de crianças, homens e mulheres ainda vão para a cama de estômago vazio;

- 14% da população mundial sofre de fome ou insegurança alimentar;

- Todos os dias morrem de fome ou de problemas a esta associados, cerca de 16 mil crianças com menos de cinco anos. No entanto, a agricultura está a produzir 17por cento mais de calorias por pessoa, por comparação ao que produzia há três décadas e mesmo tendo em conta que a população mundial aumentou 70 por cento nesse período.




sábado, 6 de outubro de 2007

O nosso consumo pode ser, hoje em dia, melhor analisado à luz da corrente funcionalista ou estruturalista?

Porque comemos o que comemos?

Quantas vezes nos deparamos com pensamentos do género: “Como isto? Faz tão mal, mas sabe tão bem, ainda por cima estão todos a comer…” ou então “Vou comer isto. Sabe mal mas eu sei que me vai fazer bem!”. Será o nosso consumo mais influenciado por questões de saúde e bem-estar (corrente funcionalista) ou por questões sociais, culturais e de gosto (corrente estruturalista)?

Com certeza que, quando bebemos Coca-cola, não o fazemos por razões de saúde mas sim por uma questão social e de gosto. Assim, a corrente estruturalista domina no que diz respeito ao consumo desta bebida.


E o famoso óleo de fígado de bacalhau? Antigamente era dado regularmente às crianças (e não só) pois “fazia bem”, no entanto, tinha um sabor horrível. Era, sem dúvida, tomado por razões de saúde. A ingestão deste alimento ilustra bem a filosofia da corrente funcionalista.

Mas, provavelmente, hoje em dia, as nossas escolhas alimentares têm por base estas duas correntes que se influenciam reciprocamente. Estamos então perante uma interacção dinâmica entre a cultura e a natureza biológica.
Damos como exemplo esta famosa publicidade ao leite, que conjuga elementos de ambas as correntes. Por um lado, diz que o leite nos faz sentir “super” e que o cálcio ajuda a ter ossos fortes, mesmo se não formos de Krypton. Claramente, uma alusão ao bem que o leite faz à saúde. Mas, por outro lado, associa o leite a um desenho animado, um ser social.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Porque se institucionalizou a informação sobre os alimentos? Porque se tornou esta mais complexa? Porque originou códigos escritos?

A informação sobre os alimentos teve necessidade de se institucionalizar para que um maior número de pessoas tenha acesso a essa informação e de uma forma mais rápida. No passado, a informação sobre os alimentos era transmitida de boca-em-boca, o que levava a perdas de informação, muitas vezes passagem de informação incorrecta e apenas chegava a um reduzido número de pessoas. Assim, a institucionalização da informação sobre os alimentos fez com que deixasse de haver estes pontos negativos na transmissão de conhecimentos.

Por outro lado tornou-se mais complexa, porque cada vez se estuda mais aprofundadamente os alimentos, descobrindo-se cada vez mais pormenores e por isso a informação torna-se mais complexa.

É necessário que essa complexidade de informação se traduza em códigos escritos, para se tornar mais exacta e não suscitar qualquer tipo de dúvida, ao mesmo tempo que a sua compreensão se torna mais clara.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Porque temos necessidade de comunicar sobre o que comemos?


A comunicação sobre o que comemos começou por uma questão de sobrevivência. Os nossos antepassados que eram capazes de identificar relações entre alimentos e acontecimentos adversos (por exemplo, que a ingestão de um cogumelo venenoso levava à morte) sobreviviam e transmitiam esse conhecimento. Esta necessidade de comunicação é tão inata, que até as crias dos ursos cheiram a boca da sua mãe para saberem o que ela come, e não comem senão um alimento que já tenham cheirado.

Começando, então, como uma questão de sobrevivência, a comunicação sobre o que comemos foi ganhando outros propósitos, entre os quais a dominação religiosa, económica e política. Todavia, a partir do século XVII, surge o pensamento científico, que acabou por se sobrepor à religião, havendo cada vez mais uma procura de informação por parte da população.

Assim, sempre houve e continua a haver necessidade de comunicar por uma questão de sobrevivência da espécie, pois verifica-se grande interesse da população em geral em saber como viver mais e de um modo saudável, conhecimento que obtêm através de uma educação alimentar. Outra das razões pela qual, hoje em dia, é necessário comunicar sobre o que comemos é que os alimentos estão cada vez mais complexos, sendo por isso necessário descodifica-los para que os consumidores sejam conscientes nas suas escolhas.
No entanto, nesta era de grande consumismo, há também um forte motivo comercial, que leva os fabricantes a comunicar sobre os seus produtos. Por exemplo, se uma água contém fibras solúveis, o produtor dessa água tem interesse em explicar o que são estas fibras e qual o seu efeito para aumentar as suas vendas.