segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Portugueses atentos aos rótulos dos produtos alimentares

O estudo “O comportamento do consumidor face à segurança e qualidade alimentares: percepção do risco e rotulagem,” coordenado por Luís Miguel Cunha, professor da Secção Autónoma de Eng. das Ciências Agrárias da Faculdade de Ciências da U.Porto, que se prolongou por três anos e meio, foi realizado nas zonas da Grande Lisboa e do Grande Porto, em Novembro de 2005. De acordo com este estudo, "o risco alimentar" não se encontra "na primeira linha das preocupações dos portugueses", situando-se numa segunda ordem de preocupação, atrás de outras questões consideradas mais importantes e "o prazo de validade, o preço e as instruções de conservação e utilização são as informações mais procuradas em primeiro lugar na leitura dos rótulos dos produtos alimentares".
Um dos aspectos que mais preocupa os portugueses nos alimentos que consomem é o teor de gordura e sal dos produtos alimentares. Luís M. Cunha refere que o “estudo indica que os portugueses têm uma percepção clara de que devem evitar os alimentos com alto teor de gordura e sal, mas nem sempre os conseguem evitar, ou porque comem muitas vezes fora de casa ou porque não conseguem resistir à tentação, já que, muitas vezes, os alimentos mais saborosos são aqueles que têm mais gorduras e sal".
Um dos motivos que leva os consumidores a abdicarem da leitura dos rótulos é o conhecimento prévio do mesmo, seguindo-se a falta de tempo, a dificuldade da leitura pelo facto de a letra ser pequena e ainda a falta de interesse. Ao escolherem os produtos alimentares que vão comprar, os portugueses procuram, sobretudo, assegurar-se de que levam os mais frescos e aqueles que mais vão beneficiar a saúde própria e dos seus familiares.

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